Aí, pessoal! Georgiana Calimeris, de Brasília, leu e resenhou O Nalladigua. Aliás, eu estive acompanhando a leitura dela com seu filho, através de uma troca de mensagens pelo Facebook e foi bastante emocionante - emoção que a gente pode sentir nas linhas que ela escreveu sobre a obra. Confira!
"Os sóis da América,
da autora gaúcha Simone Saueressig, que começou a carreira
literária em 1987 com o livro O mistério do formigueiro, está em
lançamento. O primeiro volume está nas livrarias e é um livro
mágico como o próprio nome sugere: O Nalladigua, um bastão mágico,
que carrega uma vida de histórias incríveis e fantásticas. Simone
resgata com sabedoria lendas do folclore brasileiro como jamais visto
antes. O livro é encantado. A personagem principal, em vários
momentos, lembra-me um grande personagem do livro História sem fim:
o bravo e destemido guerreiro Atraiú.
Em sua busca pela
história do sol para seu povo, o jovem Pelume enfrenta adversidades
e conhece mundos maravilhosos e personagens nunca antes vistos com
tanta poesia. Simone consegue também nos levar aos encantos de
Tolkien e uma pitada de J.R.R. Martin por trazer um ponto de
realidade para o livro: as personagens morrem e se despedem de amigos
queridos tal qual é na vida. O livro é uma metáfora para nossas
próprias vidas, é o nosso caminho, da infância à idade adulta.
Ainda não pude ler os volumes seguintes, mas, aguardo ansiosa por
isso.
É também um belo
resgate da cultura nacional, uma vez que a língua tupi-guarani está
presente em todo o livro. As palavras são de difícil pronunciação,
é um verdadeiro trava-línguas, no entanto, é gostoso saber que
existe tanta alegoria mágica em nossa Pátria, que temos nossos
próprios deuses e uma história que merece ser contada e explorada
por todos nós. É o caminho do herói do bravo guerreiro que somos
todos nós, brasileiros. É uma aventura que nos remonta aos nossos
sonhos infantis, é um livro que emociona, traz lágrimas e risos,
principalmente, se lido em voz alta. Fazia muito tempo que um livro
deste tipo não me vinha às mãos e eu me perguntava: onde estariam
os grandes autores deste mundo para ser contra-ponto para literaturas
inócuas como Crepúsculo e 50 tons de cinza?
A resposta me veio
com o volume 1 de Os sóis da América, aconselhado para todas as
idades porque todos os dias levantamos como Pelume e repousamos após
uma longa jornada.
Georgiana Calimeris
é jornalista de Brasília e escreve para a revista Ticket44"
é jornalista de Brasília e escreve para a revista Ticket44"
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