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Ao sul mais ao Sul de todas as histórias já contadas

Os Sóis da América é uma saga em quatro livros que conta a história de Pelume, um menino que vive ao sul de todos os povos. Buscando uma história mítica de grande importância para a sua gente, Pelume embarca em uma jornada do extremo Sul ao extremo Norte do continente, numa aventura cheia de emoção e magia que vai mexer com a sua maneira de ver o continente americano.

sábado, 21 de setembro de 2013

Duas entradas novas

Em Seres de Sonho e Pesadelo, uma entrada para a Flauta Condor, propriamente dita. E no Lugares de Sonho, um dos cenários mais bonitos da saga: a Espinha Branca. Saiba um pouco mais sobre elas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

E começa oficialmente mais uma etapa de "Os Sóis da América"

No sábado dia 14, então, finalmente A Flauta Condor iniciou sua  caminhada. O lançamento aconteceu na Biblioteca Municipal Machado de Assis, em Novo Hamburgo, e contou com a presença de vários convidados e leitores de O Nalladigua, que vieram buscar a continuação da viagem de Pelume. Foi um momento muito legal e eu pude falar mais um pouco sobre essa viagem maravilhosa através da América, através da palestra "Viagem pela magia da América - um imaginário a descobrir". Deixo aqui um abraço especial para a bibliotecária Denise e para a Suzi, que fizeram questão de fazer o lançamento do livro lá e nos acolheram com muito carinho. Valeu, gurias!

Fabiana, a ilustradora, dando o
seu recado

Alguns assistentes da palestra

Eu, na palestra

Hora dos autógrafos

E mais duas fotos "roubartilhadas" de Denise Konarzewski, do Face Agenda Cultural de Novo Hamburgo.

A ilustradora e a escritora

Autógrafos

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Carta ao leitor

Querida Fernanda Encinas:

Soube que perguntastes ao teu pai porque todo mundo em Os Sóis da América falava português.
Bem, você é uma leitora muito atenta. Essa era uma pergunta que eu esperava mais para o final, lá pela metade de O Coração de Jade, talvez. E eu acho que a pergunta que você se faz não é exatamente essa e sim, como é que todos os personagens de Os Sóis da América  se entendem, já que pertecem a povos que falam diferentes línguas.
Confesso que essa foi uma dificuldade, quando comecei a história, e foi uma coisa que me incomodou durante muitas páginas. E no final do último volume, A Pedra da História, Caniço Longo fará essa mesma pergunta (talvez Caniço Longo a tenha feito diretamente a mim, na verdade, e te garanto que não é nada confortável ser confrontada pelos próprios personagens). Eu não tinha nenhum peixinho tradutor para colocar na orelha de Misqui, Nimbó e Pelume, como os personagens de "O Mochileiro das Galáxias", por exemplo. Não tinha nada disso. Então, como à princípio não tinha uma solução, deixei para buscá-la por último, na esperança de que a própria lógica da história me respondesse isso (e a Caniço Longo, e a você também). E, por fim, a história respondeu. Às vezes (mas só às vezes), a gente precisa deixar ela fazer isso. E apesar de saber que a solução que o teu pai deu para essa questão foi muito legal, não foi essa a resposta que Os Sóis da América me deu. Então eu acho que você vai ter de ler até o fim para saber.
Em todo o caso, o idioma escolhido para contar a história de Pelume foi o português, porque eu só sei escrever neste idioma. Por outro lado, fiquei pensando: será que os leitores de O Senhor dos Anéis, A Espada Diabólica, e tantos outros livros de Fantasia e Ficção Científica que li perguntaram-se, em um determinado momento, porque os personagens falavam sempre inglês, e não castelhano, ou francês, ou mandarim? (Muitos personagens de Ficção Científica são telepatas, o que facilita a vida do escritor, mas sempre me pareceu um pouco fácil demais). Será que os leitores de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa se perguntam porque Aladim se veste de árabe, quando a história original se passa na China? Hum... não sei.
Enfim, são as perguntas que as histórias fazem para o leitor mais atento (e somente para ele). Por isso, te deixo um abraço, e um grande "parabéns", por ter prestado tanta atenção à narrativa. Espero que continues seguindo as aventuras dos Três do Sul e que, quando chegues ao final, compreendas. E tomara que eu consiga te emocionar e despertar a tua curiosidade para cima deste continente maravilhoso onde vivemos.

Um grande abraço

Simone Saueressig

Magia acontecendo

Olha aí os últimos retoques da quena que vai representar a Flauta Condor, amanhã, no lançamento do segundo volume de Os Sóis da América, às 10h, na Biblioteca Pública Machado de Assis, em Novo Hamburgo. Na foto, a artista plástica Doris Dick, dando alguns acabamentos. Venha nos prestigiar!



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Convite para o lançamento


Oi pessoal! E aqui vamos nós! Olha só, às 10h, estarei fazendo uma palestra intitulada "Viagem pela magia da América - um imaginário a descobrir", comentando algumas das principais passagens de "O Nalladigua" e "A Flauta Condor". Depois será a a vez dos autógrafos (lá pelas 11:20h). Não deixem de prestigiar!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

"Digam "ssss" minhas meninas..."

O verbete de hoje, no Seres de Sonho e Pesadelo, é Coquena, o duende que as crianças encontram pouco antes de começarem a subir a Espinha Branca. Mas, como verão os visitantes da aba, ele vem acompanhado de suas "meninas", as serpentes que ele usa para segurar os pacotes de prata que está levando para Potosí. Você tem medo de cobras? Então eu acho que hoje, o ser é de puro pesadelo....

sábado, 7 de setembro de 2013

Os Sóis da América - A primeira visita

Durante a minha visita à Escola Estadual Leopoldo Tietböhl, na semana passada, estive conversando com duas turmas muito especiais, leitores cujos olhos brilhavam de alegria e curiosidade. Foi a primeira turma de escola com quem conversei sobre a saga de Pelume e seus amigos, e a primeira vez que tive o prazer de conversar ao vivo (porque através da Internet já conversei com muita gente sobre os livros) com leitores de O Nalladigua. As perguntas foram muitas e o dia foi muito divertido e animado. Muito obrigada, Escola Tietböhl por ter comprado essa ideia. E um "muito obrigada" especialíssimo à professora Júlia, que escolheu o livro para ler e trabalhar com os alunos. Eu não fazia ideia de tudo o que se pode fazer com essa história.

Aí embaixo você pode conferir os trabalhos dos alunos. Mas é uma pequena parte, porque o resultado total da leitura não é possível colocar aqui. É impossível colocar o brilho dos olhos, as risadas (lembram, amigos, quando estivemos conversando sobre como se diz "Popocatepetl"? Foi muito divertido!), a emoção, o interesse, a tensão da voz de quem está louco para saber o que vai acontecer com o menino das histórias. Preparem seus corações, leitores.

No final, depois de todas as imagens, um presente especial para os alunos da professora Júlia (e para os leitores do blog): como o prometido, aqui está a primeira história de Os Sóis da América, publicada na Popinha nº 176, de 02 e 03 de maio de 1992 e ilustrado por Ariadne Decker. A saga, mesmo, eu só fui escrever dez anos mais tarde, mas a semente de tudo está nestes 2.100 caracteres. E até agora eu não tinha visto que, realmente, tudo está ali.

Abraços apertados, meus amigos. E segurem com firmeza a minha mão: eu sofro de uma certa vertigem toda vez que penso no abismo da cachoeira mais alta do mundo!

Os personagens de O Nalladigua

Ao sul, mais ao sul de todas as histórias conhecidas,
às vezes se vê passar uma placa de gelo grosso, povoada de pinguins!

Muitos trabalhos, cheios de coloridos e ciratividade

Também teve espaço para histórias em quadrinhos

Nos desenhos, vários "nalladiguas"

As ilustrações de Fabiana Boff também fizeram sucesso

O Nalladigua de Pelume

Destelho 
Histórias paralelas à história

A professora Júlia e eu

Hora do bate papo

Todo mundo curioso para ver A Flauta Condor

Hora dos autógrafos. A pilha, à esquerda, foi autografada
depois do encontro para que a gente tivesse bastante tempo para conversar.


OS SÓIS DA AMÉRICA

   Dentro do salão escuro, Aré sabe: ainda é muito pequeno para conhecer sua terra. Para isso, lhe disseram, precisa encontrar um nome para ela. Até lá, terá de viver no escuro, sem saber nem como é seu próprio rosto! Mais que tudo, Aré deseja sair e ver o mundo. E encontrar a sua própria cara. Assim, cansado de desejar, adormece e sonha.
   Primeiro sonha que é um papagaio sobre a Amazônia. Ele voa bem pertinho do sol, que parec e um grande e bravo guerreiro. Aré tira um pedaço do arco dele, e foge assustado.
   Depois, ele é um condor nas montanhas dos Andes. Aré chega perto do sol e percebe que ele parece um menino sorridente. Aré tira um cabelo brilhante dele e o sol grita. O grito ecoa feito um vento nas montanhas brancas.
   Noutro sonho, Aré virou uma arara. O menino voa sobre o Golfo do México. O sol é uma serpente com plumas douradas. Quando o menino pega uma pluma, a serpente chora. Suas lágrimas viram chuva sobre o oceano.
   O sonho de Aré foge para as campinas do norte. Lá ele é uma águia, e o sol um búfalo correndo no céu. Aré pega um pelo dele e voa para o Ártico, onde o sol é um coração de luz e calor. Quandoo menino pega um gota de sol, acorda.
   Então Aré vê diante dele, os pedaços de sol com os quais sonhou. Os pedaços começam a girar e flutuar diante dele, como mágica. Assustado, o menino tenta fugir, mas o pequeno sol mergulha em seu peito, bem no coração.
   De repete, o salão escuro se desfaz e Aré pode ver o mundo onde vive. Alegre, ele corre nas campinas, nas matas, nas praias. E, finalmente, se debruça sobre um lago. Mas não vê seu reflexo! Aré quase grita de susto. Depois, sossega: para ver a si mesmo, só precisa dar um nome à terra onde vive. E esse, seu coração aprendeu com os sóis do seu sonho. Aré sorri para as montanhas, para as cidades, para o mar e murmura para o continente:
   - América!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Pré-lançamento de "A Flauta Condor"

O pré-lançamento do segundo volume de Os Sóis da América, acontece nesta terça-feira, na Escola Estadual Leopoldo Tietböhl, em Porto Alegre. A escola é a primeira a adotar O Nalladigua em sala de aula e por isso, na visita desta terça, os leitores terão a oportunidade de conferir a continuação da saga. Em breve, imagens do encontro que promete ser emocionante!


Chuquichinchai, no Seres de Sonho e Pesadelo

Na aba Seres de Sonho e Pesadelo, você encontra mais informações sobre Chuquinchinchai, uma das formas que o vento toma para conversar com Pelume. Não perca! E lembre-se que em Bibliografia, você encontra links para visitar que remetem a vários personagens de A Flauta Condor.